Não pára o tempo que a tudo consome, tudo devora:
A matéria física, a luz que se extingue, a existência que sucumbe.
Algo porém, não consome o tempo,
A alma, propriedade Divina, o escapa.
Outrora, juntos navegávamos na harmonia da nossa cumplicidade,
Ao som do gôzo que tanto aprecio provocar...
Outrora, em minhas mãos sentí teus cabelos, e
Em meu corpo falavas convincente,
A inaudível língua do prazer sêde saciada.
Em jôrros de emoção pura, absorvias todo o meu Ser em teus desejos,
Tornando-nos um apenas, Ser completo.
Tomava-te por Mulher e sobejava o furor que te bastava.
Abriste para mim possibilidades, até então inviáveis,
Revelando-me os teus mistérios de Mulher encantadora...
Realizávamo-nos em nossos encontros no infinito,
Onde se encontravam o nosso olhar.
Visualizávamos juntos sob o mesmo prisma, os mesmos sonhos realizados
No mesmo paraízo, onde mutuamente aplacávamos os nossos desejos.
Em pares se manifesta a existência, e
Até o Universo tem o seu paralelo par
Reclama a minh'alma, a parceira existente não mais.
Vaga pensamento errante...
Errante pensamento em busca de paz...
By Evandro Zetigre
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