quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Parede

Sabe parede...
Mais uma vez a noite traspassa
A fragilidade do sono que foge
E mais uma vez todos os sons da noite
Se transforman nos únicos companheiros presentes
...Presente o latido ao longe,
O ruído da turbina que se afasta,
As gotas de chuva sobre o teto...
Presente a solidão que ronda.
Sabe parede, às vezes eu gostaria
Que tu fosses uma pessoa com alma
Que me contasses as tuas tristezas
Mas que tivesses paciência para para ouvir o que tenho para te dizer.
Sabe parede...
Eu gostaria que tu não fosses como as pessoas: tão fria e tão muda.

Obra de Zetigre

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